Quando Teremos Uma Vacina Contra o Coronavírus?

vacina

O coronavírus está se espalhando pelo mundo, mas ainda não existe vacina para proteger o corpo contra a doença causada, o Covid-19. Por isso, médicos pesquisadores estão trabalhando duro para mudar isso.

Por que um imunizante contra o coronavírus é importante?

O vírus se espalha facilmente e a maioria da população do mundo ainda é vulnerável a ele. Então, um imunizante forneceria alguma proteção, treinando o sistema imunológico das pessoas para combater o vírus, para que não ficassem doentes. Isso permitiria que os bloqueios fossem levantados com mais segurança e o distanciamento social relaxado.

Que tipo de progresso está sendo feito?

A pesquisa está acontecendo a uma velocidade frenética. Onde cerca de 200 grupos em todo o mundo estão trabalhando com vacinas e 18 estão sendo testados em pessoas em ensaios clínicos.

  • Assim, os primeiros dados de testes em humanos parecem positivos, mostrando os oito primeiros pacientes produzindo anticorpos que poderiam neutralizar o vírus.
  • Um grupo na China mostrou que a vacina era segura e levou à fabricação de anticorpos protetores. Portanto, ela está sendo disponibilizado para os militares chineses.
  • Em Oxford, o primeiro teste humano na Europa começou com mais de 800 recrutas e assinou um acordo com a AstraZeneca para fornecer 100 milhões de doses (30 milhões para o Reino Unido), se funcionar.
  • E abordagens completamente novas para o desenvolvimento de imunizantes estão em testes em humanos.

No entanto, ninguém sabe até que ponto esses imunizantes serão eficazes.

Quando teremos uma vacina contra o coronavírus?

Um imunizante geralmente moveria anos, se não uma dezena deles, para ficar pronta. Contudo, os especialistas querem conseguir o mesmo nível de trabalho em somente alguns meses.

Desse modo, grande parte dos pesquisadores crê que um imunizante de fato estará terminada por volta de 2021, entre 12 e 18 meses depois do aparecimento do novo vírus, chamado oficialmente de Sars-CoV-2. E essa seria uma enorme conquista científica, mas não existe segurança de que funcione.

Quatro coronavírus já circulam em seres humanos. Em que geram indícios simples de resfriado e não há imunizante para qualquer um deles.

O que ainda precisa ser feito?

Vários grupos de pesquisa projetaram imunizantes em potencial, no entanto, há muito mais trabalho a fazer.

  • Os testes precisam mostrar que o imunizante é seguro. E não seria usual se provocasse mais adversidades que a enfermidade.
  • As análises clínicas também necessitarão provar que o imunizante causa um resultado imune que defenderia as pessoas de caírem enfermas.
  • Uma forma de fazer o imunizante em boa proporção deve ser produzida para bilhões de doses em potencial.
  • Os moderadores de remédios devem aceitá-lo antes que vá ser aplicado.
  • Finalmente, haverá o enorme desafio logístico de imunizar a maioria da população mundial.

O sucesso dos bloqueios tornou o processo mais lento. Entretanto, para saber se o imunizante funciona, o estudioso precisa que as pessoas estejam realmente infectadas. Porém, a ideia de dar às pessoas a vacina e, em seguida, infectá-las deliberadamente (conhecido como estudo de desafio) daria respostas mais rápidas, mas atualmente é vista como muito perigosa e antiética.

Quantas pessoas precisam ser vacinadas?

É difícil saber com exatidão quão eficaz será o imunizante. Pensa-se que 60-70% das pessoas precisariam ser imunes ao vírus para impedir que ele se espalhasse facilmente (conhecida como imunidade de rebanho). Mas isso exigiria bilhões de pessoas em todo o mundo, mesmo que imunizante funcionasse perfeitamente.

Como é produzida uma vacina?

Os imunizante mostram inofensivamente vírus ou bactérias (ou mesmo pequenas partes deles) ao sistema imunológico. Assim, defesas do corpo os reconhecem como invasores e aprendem a combatê-los. Então, se o corpo é exposto de verdade, ele já sabe o que fazer. O principal método de vacinação por décadas tem sido o uso do vírus original. A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR) é feita usando vírus enfraquecidos que não podem causar uma infecção total.

O imunizante contra a gripe sazonal pega as principais estirpes de gripe e as desativa completamente. Por isso, alguns cientistas, particularmente os da China, estão usando essa abordagem.

Também há pesquisa para imunizantes anti o coronavírus utilizando métodos mais modernos e menos provados, nomeados imunizantes “plug and play”. Pois como sabemos o código genético do novo coronavírus, o Sars-CoV-2, possuímos o projeto total para construí-lo.

Contudo, pesquisadores em Oxford colocaram pequenas seções de seu código genético em um vírus inofensivo que infecta chimpanzés. Onde esperam ter desenvolvido um vírus seguro que se pareça o suficiente com o coronavírus para produzir uma resposta imune.

Outros elementos estão utilizando partes de código genético bruto (DNA ou RNA, dependendo da definição) que, quando aplicados no corpo, devem iniciar a produção de partes de proteínas virais que o sistema imunológico pode aprender a combater. No entanto, essa abordagem é completamente nova.

Uma vacina protegeria pessoas de todas as idades?

Será praticamente inevitável menos eficaz em pessoas com mais idade, porque o sistema imunológico mais velho não atende tão bem à proteção. Vemos isso com o imunizante contra a gripe anual. No entanto, pode ser disponível triunfar sobre isso dando doses variadas ou utilizando um componente químico (nomeado adjuvante) que incita o sistema imunológico.

Quem receberia uma vacina?

Se um imunizante for desenvolvido, haverá um suprimento limitado, pelo menos inicialmente, por isso será importante priorizar. Em que os profissionais de saúde que entram em contato com pacientes do Covid-19 estão no topo da lista. Além disso, a enfermidade tem maior mortalidade em idosos, desse modo, seria uma preferência se o imunizante fosse eficiente nessa faixa de idade. Também outras pessoas consideradas de alto risco – potencialmente incluídas aquelas com algumas condições ou de certas etnias – podem ser priorizadas.

Qual a opinião do Brasil?

Especialistas acham que há um grande progresso, no entanto, dificuldades de confiabilidade e disponibilidade podem se tornar problemas. Porém, a busca por um imunizante seguro e eficaz contra o coronavírus está sendo rápida. Pois no momento, existem cerca de 150 projetos sendo desenvolvidos por pesquisadores em todo o mundo.

E entre os candidatos, 20 já estão na fase de testes em humanos. Dois deles estão na “fase 3”, o último passo antes do registro nos órgãos reguladores, quando milhares de pessoas são imunizadas para que a eficácia e os possíveis efeitos colaterais possam ser avaliados.

Assim, o Brasil está colaborando com esse esforço, sendo feito a partir do adenovírus de um chimpanzé – desde o final do mês passado, dois mil voluntários brasileiros estão recebendo doses de teste na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Porque com a emergência inserida pela pandemia, desejando que um imunizante seja produzido com rapidez ímpar, é preciso ultrapassar algumas etapas e aplicar intensamente – o desenvolvimento comum dura de 10 a 15 anos. E jamais foi inserido tanto valor em estudos destinados a defender os indivíduos contra uma enfermidade.

Opiniões

“As ações estão curtas. Em vez de levar três anos, leva três meses. Cada passo avança sem que o anterior seja concluído, apenas com os resultados preliminares que eles podem avançar para os próximos passos”, explica a epidemiologista Akira Homma, do Instituto Fiocruz de Biologia Imune, considerada uma das 50 estudiosas mais influentes em imunizantes no assunto.

O progresso da pesquisa não significa nada. Mais de 50% das vacinas que vão até à última etapa jamais são disponibilizadas para comércio, diz o Dr. Reinaldo Guimarães, vice-presidente da Associação de Saúde Coletiva do Brasil (Abrasco). “Mais da metade das vacinas em potencial que chegam à fase 3, cerca de 60% delas não são vendidas, não se tornam produtos”, diz o médico.

Reinaldo é de opinião que a possível descoberta de um imunizante pode não ser uma solução final para conter o vírus tão cedo.

A importância de nacionalizar

A participação de especialistas brasileiros com pesquisas internacionais não assegura que o Brasil seja eleito para começar a receber doses. Na maior parte, a criação é atribuída às grandes indústrias farmacêuticas, controladas por empresários visando em lucrar e patrocinados por governos de países ricos.

Portanto, há uma chance de o Brasil ficar de fora se a vacina for descoberta em países com economias poderosas. Entretanto, para que isso não aconteça, pesquisadores brasileiros como Akira Homma se dedicaram a manter-se atualizados sobre o que está sendo feito em todo o mundo.

“A possibilidade de a vacina ser desenvolvida e ser deixada para trás existe, é claro. Mas estamos monitorando de perto a situação e mantendo contato direto com os laboratórios que avançaram mais, buscando uma negociação para poder incorporar sua tecnologia ou vacina, para que, de uma maneira ou de outra, o Brasil não fique para trás, com em tratamento”.

O especialista afirmou que o desenvolvimento nacional de uma potencial vacina liberaria a dependência econômica e política do Brasil em países como os Estados Unidos. As estruturas de base estão disponíveis para tornar o Brasil independente sobre esse assunto.

Expectativas da OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 sejam produzidas este ano, e outros 2 bilhões até o final de 2021, segundo a cientista-chefe Soumya Swaminathan.

De acordo com a OMS, seria oferecida prioridade aos especialistas de saúde em linhas de frente, aos indivíduos suscetíveis, pela idade ou devido à condição pré-existente, e também em locais de risco alto, como prisões e casas de repouso.

“Estou otimista, estou ansioso. O desenvolvimento de vacinas é um empreendimento complexo que envolve muita incerteza”, afirmou. “O bom é que temos muitas vacinas diferentes. Portanto, se a primeira falhar, ou a segunda, não devemos perder a esperança, não podemos desistir”, afirmou o cientista da OMS.

Fatos gerais sobre a vacina contra o coronavírus

Uma vacina para prevenir a doença de coronavírus 2019 (COVID-19) é talvez a melhor esperança para acabar com a pandemia. Então, atualmente, não há vacina para prevenir a infecção pelo vírus COVID-19, mas os pesquisadores estão correndo para criar uma.

Pesquisa de vacina contra o coronavírus

Os coronavírus são um grupo de vírus que geram enfermidades como resfriado normal, síndrome respiratória aguda grave (SARS) e síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). Porém, o COVID-19 é causado por um vírus intimamente relacionado àquele que causa a SARS. Por esse motivo, os cientistas denominaram o novo vírus SARS-CoV-2.

E embora o desenvolvimento da vacina possa levar anos, os pesquisadores não estão começando do zero para desenvolver uma vacina COVID-19. Pois, pesquisas anteriores sobre vacinas SARS e MERS identificaram possíveis abordagens. Os coronavírus têm uma estrutura semelhante à espiga em sua superfície chamada proteína S. (Os espigões criam a aparência de coroa ou coroa que dá o nome aos vírus).

A proteína S se une acima das células humanas. Por isso, uma vacina que atinja essa proteína impediria que ela se ligasse às células humanas e abortaria a reprodução do vírus.

Desafios da vacina contra o coronavírus

Pesquisas anteriores sobre vacinas para coronavírus também identificaram alguns desafios ao desenvolvimento de uma vacina COVID-19, incluindo:

  • Garantir a segurança da vacina. Várias vacinas para SARS foram testadas em animais. A maioria das vacinas melhorou a sobrevivência das espécies, mas não impediu a infecção. Algumas vacinas também causaram complicações, como danos nos pulmões. Desse modo, uma vacina COVID-19 precisará ser exaustivamente testada para garantir que seja segura para os seres humanos.
  • Fornecendo proteção em longo prazo. Depois da infecção com coronavírus, se reinfectar com o mesmo vírus – normalmente embora fraco e agindo somente em um mínimo de indivíduos – é possível após um tempo de meses ou anos. Assim, uma vacina COVID-19 eficaz precisará fornecer às pessoas proteção em longo prazo contra infecções.
  • Protegendo as pessoas mais velhas. Pessoas com mais de 50 anos de idade apresentam maior risco de COVID-19 grave. Mas indivíduos mais velhos geralmente não respondem às vacinas, assim como as pessoas mais jovens. Portanto, uma vacina COVID-19 ideal funcionaria bem para essa faixa etária.

Caminhos para desenvolver e produzir uma vacina coronavírus

As autoridades sanitárias globais e os desenvolvedores de vacinas estão atualmente formando parcerias para apoiar a tecnologia necessária para produzir vacinas. Dessa forma, algumas abordagens foram usadas anteriormente para criar vacinas, mas algumas ainda são bastante novas.

Vacinas vivas

As vacinas vivas usam uma forma enfraquecida (atenuada) do germe que causa uma doença. E como citado anteriormente, esse tipo de vacina solicita uma resposta imune sem causar doença. O termo atenuado significa que a capacidade da vacina de causar doenças foi reduzida. As vacinas vivas são usadas para proteger contra sarampo, caxumba, rubéola, varíola e varicela.

Como resultado, a infraestrutura existe para desenvolver esses tipos de vacinas. No entanto, as vacinas de vírus vivos geralmente precisam de extensos testes de segurança. Porque alguns vírus vivos podem ser transmitidos a uma pessoa que não é imunizada. Esta é uma preocupação com pessoas que enfraqueceram o sistema imunológico.

Vacinas inativadas

As vacinas inativadas usam uma versão morta (inativa) do germe que causa a doença. Então, esse tipo de vacina causa uma resposta imune, mas não uma infecção. Dessa forma, vacinas inativadas são usadas para prevenir gripe, hepatite A e raiva.

No entanto, vacinas inativadas podem não fornecer proteção tão forte quanto à produzida por vacinas vivas. Pois esse tipo de vacina geralmente requer doses múltiplas, seguidas de outras de reforço, para fornecer imunidade em longo prazo. Além disso, a produção desses tipos de vacinas pode exigir o manuseio de grandes quantidades do vírus infeccioso.

Vacinas geneticamente modificadas

Esse tipo de imunizante usa RNA ou DNA geneticamente modificado que possui instruções para fazer cópias da proteína S. Assim, essas cópias solicitam uma resposta imune ao vírus. E com essa abordagem, nenhum vírus infeccioso precisa ser tratado. Mas enquanto os imunizantes geneticamente modificados estão em andamento, nenhuma foi licenciada para uso humano.

Qual o cronograma de desenvolvimento da vacina?

O desenvolvimento de imunizantes pode levar anos. Isto é especialmente verdade quando os imunizantes envolvem novas tecnologias que não foram testadas quanto à segurança ou adaptadas para permitir a produção em massa.

Mas por que demora tanto tempo? Primeiro, um imunizante é testado em animais para ver se funciona e se é segura. E esse teste deve seguir diretrizes rígidas de laboratório e geralmente leva de três a seis meses. A fabricação de imunizantes também deve seguir práticas de qualidade e segurança. Em seguida, vem o teste em humanos:

  • Pequenos ensaios clínicos da fase I avaliam a segurança do imunizante em humanos.
  • Durante a fase II, a formulação e as doses do imunizante são estabelecidas para comprovar a eficácia da vacina.
  • Finalmente, durante a fase III, a segurança e a eficácia de um imunizante precisam ser demonstradas em um grupo maior de pessoas.

Devido à gravidade da pandemia de COVID-19, os reguladores de vacinas podem acelerar algumas dessas etapas. Mas é improvável que um imunizante COVID-19 fique disponível mais cedo que seis meses após o início dos ensaios clínicos. Realisticamente, uma vacina levará 12 a 18 meses ou mais para se desenvolver e testar os ensaios clínicos em humanos. E ainda não sabemos se é possível um imunizante eficaz para esse vírus.

Portanto, se um imunizante for aprovado, levará tempo para produzir, distribuir e administrar à população global. E como as pessoas não têm imunidade ao vírus COVID-19, é provável que sejam necessárias dois imunizantes, com três a quatro semanas de intervalo. Sendo assim, as pessoas provavelmente começariam a obter imunidade ao vírus COVID-19 uma a duas semanas após a segunda vacinação.

A pesquisa está longa. Ainda assim, o número de empresas farmacêuticas, governos e outras agências que trabalham com um imunizante COVID-19 é motivo de esperança.

Como se proteger e prevenir a infecção por coronavírus?

Até que um imunizante COVID-19 esteja disponível, a prevenção de infecções é crucial, dessa forma:

  • Esquive-se de contato próximo.
  • Use revestimentos de pano em locais públicos.
  • Pratique uma boa higiene.
  • Permaneça em quarentena se estiver doente.

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